A
participação das igrejas nas campanhas eleitorais tem se mostrado cada dia mais
crescente na realidade brasileira. Esse fenômeno tomou tanta proporção, que é
possível dizer que o posicionamento político de alguns líderes Evangélicos e/ou
Católicos pode mudar o rumo de uma corrida presidencial. No entanto, até onde é
saudável a igreja se envolver com a política?
"Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo." (1 Coríntios 3:11)
domingo, 21 de outubro de 2018
terça-feira, 25 de setembro de 2018
Hierarquia dos Mandamentos
No
decorrer da história do cristianismo os cristãos têm entendido que os
mandamentos contidos nas Escrituras estão num mesmo patamar de valor, mas eu
gostaria de propor algo diferente. A meu ver, colocar os mandamentos num mesmo
patamar de valoração tem sido um dos principais erros da Igreja e tem sido o
principal responsável pela desvirtuação do entendimento do Evangelho.
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
Crise na Igreja Católica
Geralmente escrevo bastante sobre a igreja evangélica –
posto ter muito conhecimento desse meio –, mas dessa vez peço licença para
escrever um pouco sobre a igreja católica.
Quem é ligado nesses assuntos de igreja sabe o quanto que
o Papa Francisco tem sofrido perseguição da ala conservadora da igreja por
tentar estabelecer uma agenda reformista. No entanto, isso tem saltado aos
olhos ultimamente e tem chamado atenção até de quem não é muito interessado
nesses assuntos, visto que o conflito está aberto e estampando a capa de
diversos jornais ao redor do mundo.
“O embate ganhou manchetes com a divulgação, no domingo
passado, de uma carta em que o ex-núncio apostólico na capital americana, Carlo
Maria Viganò, acusa Francisco de ter acobertado crimes sexuais cometidos pelo
ex-arcebispo de Washington, Theodore McCarrick, e pede a renúncia do papa.”[1]
sexta-feira, 8 de junho de 2018
Sobre a Existência do Inferno
É
muito difícil elaborar um ensino sobre o inferno porque a Bíblia fala muito
pouco sobre ele de forma clara. Nem mesmo os primeiros estudiosos da igreja entravam
em consenso quanto a esse assunto: Justino Mártir, Clemente de Alexandria,
Tertuliano e Cipriano estavam entre aqueles que consideravam que o inferno era
um lugar literal de tormento ardente. Orígenes e Gregório de Níssa discordavam,
dizendo que o inferno era simplesmente a separação de Deus.
quinta-feira, 10 de maio de 2018
Sexo antes do casamento
Antes
de entrar propriamente no tema “sexo antes do casamento” é necessário que você
entenda o que é casamento, para isso sugiro a leitura do meu texto Casamento & Divórcio.
Agora
que você leu o texto recomendado, vamos iniciar falando sobre namoro. O termo
namoro é moderno, não existe na Bíblia. Nós entendemos namoro como um meio
termo entre amizade e casamento, uma espécie de etapa de experimentação em que
se verifica se aquela pessoa é realmente quem você quer passar o restante da
sua vida.
O
grande dilema é entender até onde pode ir a intimidade dos casais dentro desse “meio
termo” que é o namoro.
No
texto sobre casamento que você leu, descobriu que o ato sexual é um selo da
decisão de permanecer juntos para sempre. Porém, se o sexo for praticado antes
da decisão ser firmada, isto é, ainda na etapa de namoro, seria isso um pecado?
Para
descobrir isso, resolvi passear pelos principais Blogs cristãos e analisar
quais os versículos são usados para defender essa ideia. Abaixo seguem os versículos
mais usados:
quarta-feira, 14 de março de 2018
Deus matava criancinhas?
No
Antigo Testamento podemos ver alguns relatos em que Deus manda que Israel dizime
nações inteiras, o que incluía as crianças dessas nações inimigas. Acontece que
quando se pensa na ideia de um Deus que mata crianças já se parte do princípio
que essa atitude de Deus é algo ruim. No entanto, é preciso entender que em
cada indivíduo Deus tem um propósito único, razão pela qual não se pode ter uma
filosofia do bem e do mal universal, posto que não sabemos nada sobre Deus e sua relação com um homem em específico; e,
ainda, não teríamos como saber de modo algum, posto que a relação de Deus com
os indivíduos é pessoal, e os aplicativos do Seu amor, muitas vezes, colhem
inocentes em calamidades ou estendem sua misericórdia aos perversos, visto que
para Deus, a morte não é o que a morte é para nós.
Para nós, nada há pior do que morrer. Para Deus, muitas vezes, nada há pior do que existir na Terra. Isto porque muitas dessas culturas que foram dizimadas por Deus no Antigo Testamento o foram justamente por conta do excessivo pecado e, em especial, da forma como tratavam a própria prole, fazendo rituais macabros e dolorosos, que findavam por sacrificar suas crianças aos seus deuses depois de toda a tortura praticada. Isso pode ser percebido quando Deus ordena que Israel não pratique as mesmas obras perversas feitas pelas nações que seriam desterradas por eles em Canaã: “Não farás assim ao SENHOR, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR e que ele odeia fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas queimaram aos seus deuses.” (Deuteronômio 12.31).
Para nós, nada há pior do que morrer. Para Deus, muitas vezes, nada há pior do que existir na Terra. Isto porque muitas dessas culturas que foram dizimadas por Deus no Antigo Testamento o foram justamente por conta do excessivo pecado e, em especial, da forma como tratavam a própria prole, fazendo rituais macabros e dolorosos, que findavam por sacrificar suas crianças aos seus deuses depois de toda a tortura praticada. Isso pode ser percebido quando Deus ordena que Israel não pratique as mesmas obras perversas feitas pelas nações que seriam desterradas por eles em Canaã: “Não farás assim ao SENHOR, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR e que ele odeia fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas queimaram aos seus deuses.” (Deuteronômio 12.31).
Deus
não destrói uma nação sem que a mesma não tenha dado graves motivos para que
Ele faça isso. Ele prefere dar tempo para que a mesma reveja seus atos, pois “é longânimo para convosco, não querendo que
nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3.9).
Um
grande exemplo da longanimidade de Deus foi o tempo em que ele esperou para que
começasse o processo de expulsão dos povos de Canaã. Quando Abraão perguntou a
Deus quando sucederia o recebimento da promessa da Terra prometida, Deus
respondeu: “Sabe, com certeza, que a tua
posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e
será afligida por quatrocentos anos.
Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com
grandes riquezas. E tu irás para os teus pais em paz; serás sepultado em ditosa
velhice. Na quarta geração, tornarão
para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus.”
(Gênesis 15.13-16).
O
entendimento do versículo em negrito é fundamental. O motivo pelo qual teria de
se esperar quatrocentos anos era “porque não havia se enchido ainda a medida da
iniquidade dos amorreus”. Ou seja, Deus sabia que seria injusto da parte dele
atacar os amorreus naquele momento, visto que a medida dos pecados deles ainda
não justificava tal atitude. Por isso, Deus deu tempo para que eles se
arrependessem.
No
entanto, quatrocentos anos depois eles chegaram ao limite de pecaminosidade que
uma nação pode chegar, pois começaram a sacrificar os próprios filhos aos seus
deuses nos rituais macabros que citei no começo desse texto. Acredito que esse
é um dos principais sinais de que não há mais possibilidade de retorno de uma
sociedade, posto terem chegado ao limite de sacrificar aos que mais deveriam
amar. Assim, a consciência daquele povo chegou num nível em que eles mesmos se
cegaram completamente para o Deus verdadeiro. Portanto, só restava a Deus agir
com seu amor na forma de ira. Ele não é sádico e não fazia isso com alegria,
mas não era viável ver crianças inocentes sofrendo torturas e morrendo sem agir.
Mesmo
após os embates terem começado na Terra de Canaã, vimos que ele foi
misericordioso e aceitou os que vinham arrependidos, ainda que pouco tempo
antes da batalha. Aos que se arrependeram, ele poupou, tanto a nível pessoal
quanto ao nível de toda uma nação. Um exemplo é o caso de Raabe, que foi salva
juntamente com sua família por conta do seu arrependimento em fé, enquanto toda
a Jericó foi invadida e destruída. E o exemplo de um povo inteiro que foi
poupado foram os gibeonitas, também movidos por arrependimento em fé.
Dessa
forma, vemos que Deus prioriza a misericórdia e age em amor em todos os
momentos. Até sua ira, quando realmente tem de agir com ira, o faz por amor. O
problema é que alguns homens pedrados são incapazes de perceber o amor de Deus
e preferem vê-lo como alguém cruel.
Não
nego que existem muitas situações complexas e de difícil entendimento na Bíblia
e na nossa vida, mas quando se entende pela fé que Deus é amor, nossa mente se
abre e não conseguimos ver algo diferente de amor no agir de Deus, até mesmo
quando esse agir é contrário ao que desejamos, ou quando é diferente daquilo
que esperamos. Portanto, antes de tentar entender Deus e o seu misterioso agir,
creia que ele é amor pela fé, fazendo isso, tudo o mais se esclarecerá.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
Não seja um crente chato
Toda distorção do entendimento
que uma pessoa tenha do evangelho leva à uma fé adoecida. Quanto maior a
distorção, maior o adoecimento. No começo da minha vida cristã, quando eu tinha
18 anos, eu achava que defender assuntos morais era o método correto de
pregação do Evangelho. Discursava sobre a imoralidade da sociedade e a
relativização da mesma para com os usos e costumes cristãos, criticava o
crescimento do uso de tatuagens, falava para as pessoas quais eram as roupas decentes
que elas deveriam vestir, o corte de cabelo que deviam ter, criticava as farras
constantes dos meus amigos do futebol; enfim, não sei como as pessoas me
aguentavam.
Não demorou muito e eu percebi
que não era assim que Jesus agia. A pauta da pregação de Jesus não foi assuntos
superficiais como usos e costumes. O foco da mensagem dele era simplesmente a
graça, a misericórdia, e o amor do Pai, estendendo a mão e oferecendo
graciosamente salvação a todos.
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