“Deus alimentou os fracos e despediu
vazios os arrogantes” (Lc 1.53).
Hoje
se vive uma época em que as pessoas estão a um clique da informação. Aparentemente
isso é algo bom, mas existem pelo menos dois grandes problemas nisso.
O
primeiro problema é que algumas pessoas não se aprofundam naquilo que querem
conhecer e, portanto, se satisfazem na leitura superficial que alguns veículos
de informação oferecem. Isso é danoso porque se enche a sociedade de pseudo-intelectuais
que acham que sabem, sem saber.
O
segundo problema está em realmente se aprofundar num assunto ao ponto de achar
que se tornou o senhor da razão e não ouvir os demais que pensam o contrário.
Eu mesmo estudo teologia desde a minha adolescência, mas nunca deixei de ouvir
o contraditório. Aliás, sempre que quero estudar um assunto, escuto pessoas com
posições antagônicas para verificar qual pensamento faz mais sentido conforme
Jesus.
Muitas
pessoas perdem uma oportunidade enorme de aprender por conta dessas duas
situações: ou porque acham que sabem, sem saber; ou porque sabem tanto de um
assunto, que acham ser impossível que alguém tenha algo que possa contradizer
aquela ideia.
Como
disse Epiteto: "É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha
que já sabe".
Quando eu observo que alguém que está discutindo comigo se encontra em um dos extremos propostos nesse texto, eu simplesmente ignoro. Não adianta responder a quem acha que já sabe. Acredito que foi por isso que Jesus simplesmente silenciou quando Pilatos questionou: “que é a verdade?”. Para muitos, seria a grande oportunidade de evangelizar o governador, mas talvez Jesus viu que não adiantaria.
Muitos
religiosos da época de Jesus poderiam ter recebido o evangelho, mas por sua
arrogância acabaram sendo despedidos vazios. Até quando você vai deixar de
escutar alguém por achar que você mesmo já é o detentor da verdade?
Não
importa quantos anos de fé, ou quantos diplomas você tenha, esteja
sempre aberto a qualquer ensino. Use Jesus como a régua de medir e veja se esse
ensino está parecido com Ele ou não. E,
finalmente, tenha como certeza que “todo aquele que nEle crê não será
confundido” (Rm 10.11).
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