No
Antigo Testamento podemos ver alguns relatos em que Deus manda que Israel dizime
nações inteiras, o que incluía as crianças dessas nações inimigas. Acontece que
quando se pensa na ideia de um Deus que mata crianças já se parte do princípio
que essa atitude de Deus é algo ruim. No entanto, é preciso entender que em
cada indivíduo Deus tem um propósito único, razão pela qual não se pode ter uma
filosofia do bem e do mal universal, posto que não sabemos nada sobre Deus e sua relação com um homem em específico; e,
ainda, não teríamos como saber de modo algum, posto que a relação de Deus com
os indivíduos é pessoal, e os aplicativos do Seu amor, muitas vezes, colhem
inocentes em calamidades ou estendem sua misericórdia aos perversos, visto que
para Deus, a morte não é o que a morte é para nós.
Para nós, nada há pior do que morrer. Para Deus, muitas vezes, nada há pior do que existir na Terra. Isto porque muitas dessas culturas que foram dizimadas por Deus no Antigo Testamento o foram justamente por conta do excessivo pecado e, em especial, da forma como tratavam a própria prole, fazendo rituais macabros e dolorosos, que findavam por sacrificar suas crianças aos seus deuses depois de toda a tortura praticada. Isso pode ser percebido quando Deus ordena que Israel não pratique as mesmas obras perversas feitas pelas nações que seriam desterradas por eles em Canaã: “Não farás assim ao SENHOR, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR e que ele odeia fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas queimaram aos seus deuses.” (Deuteronômio 12.31).
Para nós, nada há pior do que morrer. Para Deus, muitas vezes, nada há pior do que existir na Terra. Isto porque muitas dessas culturas que foram dizimadas por Deus no Antigo Testamento o foram justamente por conta do excessivo pecado e, em especial, da forma como tratavam a própria prole, fazendo rituais macabros e dolorosos, que findavam por sacrificar suas crianças aos seus deuses depois de toda a tortura praticada. Isso pode ser percebido quando Deus ordena que Israel não pratique as mesmas obras perversas feitas pelas nações que seriam desterradas por eles em Canaã: “Não farás assim ao SENHOR, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR e que ele odeia fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas queimaram aos seus deuses.” (Deuteronômio 12.31).
Deus
não destrói uma nação sem que a mesma não tenha dado graves motivos para que
Ele faça isso. Ele prefere dar tempo para que a mesma reveja seus atos, pois “é longânimo para convosco, não querendo que
nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3.9).
Um
grande exemplo da longanimidade de Deus foi o tempo em que ele esperou para que
começasse o processo de expulsão dos povos de Canaã. Quando Abraão perguntou a
Deus quando sucederia o recebimento da promessa da Terra prometida, Deus
respondeu: “Sabe, com certeza, que a tua
posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e
será afligida por quatrocentos anos.
Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com
grandes riquezas. E tu irás para os teus pais em paz; serás sepultado em ditosa
velhice. Na quarta geração, tornarão
para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus.”
(Gênesis 15.13-16).
O
entendimento do versículo em negrito é fundamental. O motivo pelo qual teria de
se esperar quatrocentos anos era “porque não havia se enchido ainda a medida da
iniquidade dos amorreus”. Ou seja, Deus sabia que seria injusto da parte dele
atacar os amorreus naquele momento, visto que a medida dos pecados deles ainda
não justificava tal atitude. Por isso, Deus deu tempo para que eles se
arrependessem.
No
entanto, quatrocentos anos depois eles chegaram ao limite de pecaminosidade que
uma nação pode chegar, pois começaram a sacrificar os próprios filhos aos seus
deuses nos rituais macabros que citei no começo desse texto. Acredito que esse
é um dos principais sinais de que não há mais possibilidade de retorno de uma
sociedade, posto terem chegado ao limite de sacrificar aos que mais deveriam
amar. Assim, a consciência daquele povo chegou num nível em que eles mesmos se
cegaram completamente para o Deus verdadeiro. Portanto, só restava a Deus agir
com seu amor na forma de ira. Ele não é sádico e não fazia isso com alegria,
mas não era viável ver crianças inocentes sofrendo torturas e morrendo sem agir.
Mesmo
após os embates terem começado na Terra de Canaã, vimos que ele foi
misericordioso e aceitou os que vinham arrependidos, ainda que pouco tempo
antes da batalha. Aos que se arrependeram, ele poupou, tanto a nível pessoal
quanto ao nível de toda uma nação. Um exemplo é o caso de Raabe, que foi salva
juntamente com sua família por conta do seu arrependimento em fé, enquanto toda
a Jericó foi invadida e destruída. E o exemplo de um povo inteiro que foi
poupado foram os gibeonitas, também movidos por arrependimento em fé.
Dessa
forma, vemos que Deus prioriza a misericórdia e age em amor em todos os
momentos. Até sua ira, quando realmente tem de agir com ira, o faz por amor. O
problema é que alguns homens pedrados são incapazes de perceber o amor de Deus
e preferem vê-lo como alguém cruel.
Não
nego que existem muitas situações complexas e de difícil entendimento na Bíblia
e na nossa vida, mas quando se entende pela fé que Deus é amor, nossa mente se
abre e não conseguimos ver algo diferente de amor no agir de Deus, até mesmo
quando esse agir é contrário ao que desejamos, ou quando é diferente daquilo
que esperamos. Portanto, antes de tentar entender Deus e o seu misterioso agir,
creia que ele é amor pela fé, fazendo isso, tudo o mais se esclarecerá.
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